ORDENAÇÃO PADRE CILTO

06/02/2012 22:57

Você pode escrever aordenqui...

Aniversário Ordenação Padre Cilto

 

Olá no dia 10 de dezembro o padre Cilto celebra aniversário de ordenação realizada na Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração em Capanema -Pr. e no dia 11 rezou a primeira missa, na comunidade Nossa Senhora da Paz, distrito de Pinheiro, Capanema -Pr, no dia universal dos direitos Humanos. Isto foi em 1988, há 23 anos. O seu lema sacerdotal é: Na caminhada do povo a serviço do Reino de Deus. O simbolo é uma cruz   que brotam ramos,da cruz que parece morta mas ressuscita, na cepa brotou a rama.  

 

 

Cruz que você vê nesta imagem é um símbolo da ordenação do Cilto José Rosembach, realizada no dia 10 de dezembro de 1998, em Capanema Paraná, na Paróquia do Sagrado Coração.

Trata-se de uma cruz que foi adotada pelo monge João Maria durante a guerra do Contestado em Joaçaba Santa Catarina. È um símbolo da resistência e da espiritualidade e mística do povo por ocasião que perderiam a terra por causa da construção da estrada de ferra na região pelo americanos isto foi na Guerra do Contestado (1912- 1916) No período compreendido entre 1912 a 1916, na área então disputada pelos Estados de Santa Catarina e Paran.

Na luta pela terra em Santa Catarina, principalmente no Oeste Catarinense, esta cruz se faz presente. Trata-se de uma cruz de cedro que é cortado a madeira crua e transformada numa cruz, carregada pelo povo durante a procissão na ramaria da terra, e depois é plantada. Se regada diariamente ele brota, Daí quando brota segundo a crença do povo na luta o projeto vinga será um sucesso. A  experiência semelhante foi realizado em Chapecó na comunidade atualmente chamada de Madre Paulina no Bairro Curtume, Paróquia Santo Antonio da Catedral região pastoral nordeste, criada na época que trabalhava por lá.

O povo cortou a árvore, montou a cruz, ela foi carregada para o local onde seria a construção do espaço da comunidade. A cruz foi plantada com devoção e regada diariamente, ele brotou, os primeiro brotos foram anunciados a todos, aclamados e até venerados. Certo de que a comunidade ali seria e seria prospera. A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Parará e Santa Catarina.

Causas da Guerra

A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.

Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.

O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.

Participação do monge José Maria

Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.

Os conflitos

Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.

Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

Voltar